Era um pobre amargurado, tristonho acabrunhado à beira de uma estrada
No pescoço uma sacola aonde guardava esmola sem ter ninguém do seu lado
Para ganhar seu sustento, modesto alimento, seu pedido era um só
“Uma esmola, por favor, é o que peço senhor, desse cego tenha dó”
O cego não tinha nome e para não passar fome é que ele mendigava
E à beira da estrada tudo que possuía era apenas uma capa
Pra fazer sombra no sol e proteger da poeira aquela capa servia
Era uma autorização para ganhar o seu pão, o pobre cego pedia
Saudade do seu passado, tristeza do seu estado, essa dor lhe perseguia
Não tinha nascido cego, mas pra ele foi negado contemplar a luz do dia
Foi roubada a alegria quando um fatídico dia quando a visão perdeu
Além de cego, sem nome, era apenas conhecido como filho de Timeu
Mas ele ouvia bem e ouviu falar de alguém que podia lhe ajudar
Era o jovem Galileu, e o filho de Timeu começou a investigar
Lhe falaram que este jovem era bom, maravilhoso, vivia fazendo o bem
Curando enfermidades, os leprosos eram limpos sem cobrar nenhum vintém
Era o que ele queria, porque pagar não podia, pois não possuía nada
A não ser aquela capa toda desbotada pela poeira da estrada
Esperança não faltava, o pobre cego aguardava o maravilhoso dia
De encontrar o Galileu para sua sorte mudar como da noite pro dia
Mas esse dia chegou, seu coração disparou ao ouvir a multidão
Era o Jovem Galileu que entrava na cidade e toda a inquietação
Era gente dando glórias, outros cantando louvores, o seu dia chegou
Ele não podia ver, mas começava a gritar “misericórdia, Senhor!”
O grito desse coitado pobre, vil desesperado chamou atenção de Cristo
“Jesus, filho de Davi, tenha compaixão de mim! Me ajude, eu preciso!”
Foi tão grande a insistência de quem precisa da benção que Fez o Mestre
parar
Jesus ouviu sua voz e sentiu a dor atroz do pobre cego a clamar
Mandou que trouxesse o cego e o povo sem demora ao mendigo foi chamar
Disseram “O Mestre parou, Ele ouviu a sua voz e nos mandou te buscar”
E o cego com alegria jogou sua capa fora, pois não precisava mais
“Hoje eu serei curado, serei bem aventurado e cegueira nunca mais”
-O Que queres que eu te faça? – Jesus pergunta ao cego
-Ah Senhor eu quero ver...
-A tua fé te salvou! – Foi o que Jesus falou demonstrando o seu poder
Devolvendo-lhe a visão. E o pobre cego então começou a enxergar
Foi tanta felicidade que o cego nessa hora só conseguia chorar
Ele pulou de alegria quando viu a luz do dia, felicidade sentiu
Sua sorte restaurada, a auto-estima aumentada no momento em que ele viu
Jesus Cristo é mesmo assim. O que Ele fez no passado ainda faz nos
nossos dias
Salva, cura e batiza, liberta e faz o cego contemplar a luz do dia
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