O Último Adeus (Cícero Nogueira)


Relembrando como tudo começou
Quando ao seu pai querido abandonou
Resolveu partir
Sua parte da fazenda recebeu
Sua herança tudo aquilo que era seu
E ao se despedir
A tristeza tomou conta do seu lar
O seu pai sentiu ao vê-lo se ausentar
Quem sabe até chorou
Mas a sua esperança não morreu
Com certeza o seu filho se perdeu
Porém não será o último adeus

Com dinheiro a amizade não faltou
E a fortuna pouco a pouco se acabou
Começou então a mendigar o pão
E difícil ficou a situação
Os amigos recusaram a ajudar
Quando a fome chegou àquele lugar
Sempre foi assim e assim será

E a porcos começou a apascentar
Nessa hora ele lembrou-se do seu lar
Seu querido pai
Onde havia abundância de pão
E então tomou a sabia decisão
Ah, eu vou voltar
Eu pequei contra o céu perante ti
Sei que não sou digno de estar aqui
E agiu assim
O seu pai de longe o reconheceu
O seu filho estava morto e reviveu
Feliz o abraçou e o recebeu

Mandou colocar anel em sua mão
Roupa nova para o seu filho se trajar
Como símbolo de reconciliação
Aliança que jamais se desfará
Mata o bezerro que eu separei
E os amigos mandam todos convidar
Sempre foi assim e assim será...
Sempre foi assim e assim será...